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À torcida, diretoria admite “falha no processo” e lamenta saída de treinador

img_20161017_180337822_eoaxlg2Uma diretoria na defensiva compareceu para a coletiva, na sede do Fortaleza, na tarde desta segunda-feira (17). Mesmo assim, presidente e diretores do clube admitiram “falha no processo” que culminou com a eliminação tricolor da Série C do Campeonato Brasileiro e o objetivo do acesso “deletado”. Todos ainda evitaram falar sobre as eleições de 3 de dezembro e se iriam lançar uma chapa da situação para concorrer.

Quem melhor falou sobre as causas que levaram o Leão do Pici a permanecer mais um ano na 3ª divisão do futebol brasileiro foi o diretor de planejamento, que admitiu claramente a necessidade de trabalhar melhor com o Departamento de Futebol. E não apenas muni-lo de todo tipo de profissional.

– Uma derrota como essa tem que servir de alguma coisa. Nesses dois anos, não fomos capazes de extrair o máximo do embrião que plantamos. O processo de formatação do time precisa ser muito bem feito. Nós contratamos uma série de profissionais para o Departamento de Futebol. Desde que chegamos aqui, modernizamos tudo. Mas acho que não extraímos tudo o que podíamos do Departamento. E aí, tivemos uma “falha no processo” que precisamos identificar bem. Mais uma vez o protagonista foi o goleiro adversário. O que nós podemos avançar no departamento de futebol para a bola entrar? É hora da gente dar esse passo – comentou.

Por isso, o clube receberá um relatório completo do próprio Departamento de Futebol, atualmente chefiado por Marcelo Paz, com um perfil do que poderia ser o time em 2017. Nesse perfil, a diretoria espera ter uma média de idade sugerida para o elenco, propostas de nomes e média salarial dos jogadores a serem contratados.

Enquanto isso, o presidente Jorge Mota afirmou que o novo técnico já está sendo procurado. No entanto, como o Fortaleza não jogará mais nesta temporada, o nome será decidido e divulgado apenas quando acertar todos os trâmites com a atual diretoria.

– Não vamos esperar a próxima diretoria. Não podemos chegar em dezembro sem treinador. Estamos procurando o nome, e assim que a gente achar que é o nome certo, a gente contrata. Se a próxima diretoria achar que não é o perfil, troca. Se não, permanece com ele. Mas não podemos ficar esperando.

O mandatário leonino comentou ainda que a saída de Marquinhos Santos influenciou (mas não muito) o elenco tricolor. E que as “falhas no processo” foram mais responsáveis.

– Algumas contratações talvez não tenham tido efeito. Houve mudança de treinador que teve alteração também, ainda que mínima – disse Jorge Mota, lembrando ainda das contratações que não renderam para o Tricolor.

Eleições

Todos fizeram pacto para não falar sobre o assunto. Ou, pelo menos, resguardar-se de problemas em falar, neste momento, do pleito do dia 3 de dezembro. No entanto, mais uma vez, Evangelista Torquato parece ter dado a senha.

– Uma questão que eu coloquei na nossa reunião foi a seguinte: “Objetivo da campanha deletado”. Então, não vale nem discutir muito o processo. Temos que chegar para o torcedor e dizer: “Nós não conseguimos”. E isso pode ser a senha para que, talvez, nós não continuemos. Que apareça outro grupo que tudo isso aqui e toque para a frente.

Jorge Mota se preocupou apenas em dizer que nada está definido e que não iria adiantar nenhum nome ou posicionamento.

– Temos cinco mil sócio-torcedores. Qualquer um pode chegar e querer ser o candidato, por exemplo. Não vamos atropelar nada no processo. Aqui mesmo, qualquer um, eu, Evangelista, Ênio, Marcelo, qualquer um de nós pode querer se candidatar. Mas será uma decisão do colegiado. Não basta ter só vontade. Tem que ser um nome que achemos que bote tocar o time com rersposnabilidade – disse, sobre um possível candidato e as chances de ele, Jorge Mota, tentar a reeleição.

Nos próximos dias, o Fortaleza deve divulgar mais rescisões de contrato de jogadores e um planejamento para a próxima temporada.

G.E.

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