A Notícia do Ceará
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Pressionado, Givanildo não é unanimidade em Porangabuçu

Após um fracasso homérico de Gilmar Dal Pozzo – com direito a cobrança forte da torcida no aeroporto – no comando do Ceará, a diretoria optou por trazer um nome mais enérgico para o cargo, alguém que aliasse pulso firme, experiência e currículo vitorioso. Eis que todos esses requisitos foram encontrados em um nome: Givanildo Oliveira. O treinador, então, foi chamado, em 17 de fevereiro, para pôr ordem “na casa”, recolocar o Alvinegro no trilho das vitórias e, assim, fazer o grupo brigar por uma vaga na elite do futebol nacional na disputa da Série B – principal objetivo do clube na atual temporada.

Conhecido por sua rigidez no trabalho, o pernambucano de quase 70 anos conduziu o Vozão ao título cearense sem grandes dificuldades e ganhou de vez a simpatia do torcedor. “Dentro das possibilidades que ele tem no elenco, o trabalho é satisfatório, o Ceará não dá espetáculo e não é um primor de qualidade, porém na realidade dos jogadores disponíveis eu aprovo o Givanildo”, diz Fernando Barbosa, fanático pelo clube.

Fala, torcedor
“O menor dos problemas do Vozão é o Givanildo, ele deu estabilidade ao time, a diretoria precisa reforçar o plantel, só assim para o trabalho do treinador ser ainda melhor”, opina Dirceu Maia. “Acho que ele deu segurança ao sistema defensivo. Mas o time do meio para a frente ainda não parece estar pronto. Uma ou outra contratação e o ajuste de posicionamento de algumas peças e vejo o Ceará com condições de brigar pelo acesso”, explica Jofran Mourão.

Percebe-se que a torcida, em sua maioria, apoia o atual comandante, porém Givanildo não goza do mesmo prestígio junto a algumas alas de conselheiros. Segundo informações de bastidores, há quem não concorde com a filosofia de trabalho do técnico. Um pequeno processo de fritura já pode ser percebido nas alamedas de Porangabuçu. Há quem diga que o treinador está na berlinda e, em caso de novas derrotas, o caminho seguiria, mas longe do Vozão.

Corda bamba alvinegra

Givanildo estaria fazendo jogo duro para aceitar reforços indicados pela diretoria, exigindo apenas nomes que foram avaliados e indicados por ele, como por exemplo o centroavante Élton, recém-chegado, vindo por indicação do comandante. Alguns membros da alta cúpula alvinegra, definitivamente, se mostram contrários ao estilo de Givanildo, inclusive aos métodos de trabalho, avaliados como antigos e ultrapassados.
Mesmo assim, Givanildo ainda tem muita credibilidade junto ao clube. Dentro e fora de campo. O elenco, ao que parece, aprova o trabalho feito até aqui e dá credibilidade ao comandante, principalmente pelo currículo vitorioso construído ao longo de tantas décadas de serviços prestados ao futebol brasileiro. O fato é que nada disso deve ser novo para Givanildo Oliveira, acostumado a pressões e incertezas, o mesmo sabe que tudo isso só se resolve com uma atitude: vencendo seus jogos, mesmo agradando uns e desagradando outros.

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